Por: Francis Hesse*
A importância de manter uma reserva para emergências no orçamento doméstico.
Você já deve ter ouvido o ditado popular de que ”imprevistos acontecem”. Além de ter ouvido, com certeza você deve ao menos conhecer alguém que passou por algum momento de dificuldade financeira por conta de alguma despesa inesperada, que na maioria das vezes acaba com o orçamento da família ou compromete muito. Pode ser a quebra ou batida de um veiculo, a internação hospitalar inesperada de algum parente, perda de emprego ou qualquer outro imprevisto.
Pois bem, o fundo ou a reserva para emergências é criado exclusivamente para as situações acima exemplificadas. A intenção é de que os recursos para pagar essas eventualidades saiam do fundo e não de seu orçamento doméstico, evitando assim o comprometimento da renda familiar.
Como cito em minhas palestras, “crises e momentos difíceis sempre existiram e vão continuar a existir. O quanto isto irá afetar o seu orçamento, vai depender do tamanho de sua reserva financeira para emergências.” No entanto, sem a reserva, qualquer imprevisto ou emergência irá impactar as contas do mês e poderá desequilibrar de maneira significativa o orçamento familiar.
O fundo de emergência deve ser a primeira reserva que todas as famílias devem criar. Como o fundo deve ser proporcional à renda e gastos mensais, recomenda-se que ele suporte no mínimo durante 6 meses as despesas mensais familiares, incluindo em seu valor eventuais prestações mensais e parcelamentos.
Analise o seu orçamento doméstico e procure montar o fundo o mais rápido possível. Para criar essa poupança de segurança de 6 meses, economize no início o máximo possível, até atingir a meta que foi estabelecida. Pode ser que demore um pouco para você alcançar esse valor, mas tenha em mente que qualquer quantia poupada faz uma grande diferença ao longo do tempo.
É aconselhável que os recursos poupados para as “emergências”, sejam aplicados de maneira conservadora, ou seja, com baixo risco e liquidez imediata.
Atenção!
Lembre-se que é uma reserva para emergências e só deve ser utilizada para esta finalidade. Não caia em tentação de gastar este dinheiro com compra de automóvel, troca de televisão, geladeira, etc.
E, se você teve que fazer uso do fundo, procure repor o dinheiro da reserva, o mais rápido possível.
*Francis Hesse é economista, palestrante e consultor, especialista em planejamento financeiro pessoal, psicologia econômica, com mais de 25 anos de experiência na área.