Blog WMulher
  • Nossa História
  • Contato
Home  /  Comportamento  /  A Vida em Preto e Branco
Comportamento
15 de outubro de 2015

A Vida em Preto e Branco

admin desafio, não conformismo Comments are off

Por: Isabel Fomm Vasconcellos*

Tenho um carro preto. Antes dele, tive um branco. Ao olhar pela minha janela da Paulista só vejo carros brancos, pretos, cinzas e alguns vermelhos, muito poucos.

Não sei quando isso começou. Mas me lembro muito bem – e tenho filmes e fotos da avenida para reforçar a minha lembrança – que, antes, os carros eram multicoloridos. A Avenida, vista de cima, era cheia de pontos com todas as cores do arco íris e suas misturas.

Num momento, ontem, à janela, me perguntei porque esse mar de automóveis quase monocromáticos, me incomodava.

Descobri, enfim.

O que me incomoda é a unanimidade (Como diria o mestre Nelson Rodrigues toda unanimidade é burra), o que me incomoda é a uniformidade. É essa obediência cega ao que está na moda, ao que se usa ou não se usa. É essa Maria Vai Com As Outras que tem caracterizado o comportamento da maior parte do nosso povo nas últimas décadas.

Parece que ninguém mais pensa com a própria cabeça, ninguém mais age de acordo com a própria consciência e sim by the book. Então ficam todos brancos, pretos e cinzas, como seus lindos carrões. Parece a China comunista de Mao, onde todo mundo se vestia de azul. Ou os países muçulmanos, onde as mulheres usam burcas pretas ou cinzas ou marrons.

Mas quem orquestra esse bando de carneiros em que nos tornamos? A TV? A imprensa? O Big Brother? A política?

Quem é esse livro de regras que rege a maioria do nosso povo, incapaz, pelo jeito, de pensar com a própria cabeça, se vestir de acordo com seu próprio gosto, agir conforme a sua consciência e seus princípios? Quando foi que nos tornamos tão submissos ao que a maioria faz, ao que a maioria pensa, a como a maioria de veste ou se porta?

Gosto sempre de lembrar que – apesar de o risco ser o preço da ousadia – foram a ousadia, a contestação, o não conformismo, o não curvar-se ao previamente estabelecido, que fez a humanidade progredir.

No século XVIII cientistas provavam a impossibilidade de voo de qualquer coisa mais pesada que o ar. Poucas décadas depois Santos Dummont voava, à bordo de um mais pesado que o ar, sobre Paris.

É o não conformar-se que gera o progresso da sociedade, a evolução dos costumes, o desenvolvimento da ciência.

Se a humanidade inteira fosse se curvar ao estabelecido, sem ousar desafiar costumes, regras e crenças, ainda estaríamos morando na caverna.

Nos vestiríamos de cinza, branco ou preto.

 

*Isabel Fomm de Vasconcellos é escritora e apresentadora de TV
[email protected]

 

foto: FREEONE l Depositophotos

Previous Article Exercícios de Pilates
Next Article Quando devo parar de trabalhar?

About Author

admin

Flavia Hesse é inspiradora digital, terapeuta floral, publisher e advogada

Related Posts

  • Descubra como energizar seu dia

  • Quanto você acredita em seu sonho?

    Quanto você acredita em seu sonho?

Categorias

  • Astrologia29
  • Beleza64
  • Bem-Estar23
  • Casa10
  • Comportamento163
  • Dica do Dia2
  • Dinheiro49
  • Esoterismo5
  • Fitness5
  • Nós Mulheres1
  • Numerologia9
  • Poesia e Reflexão2
  • Relacionamento61
  • Saúde23
  • Saúde6
  • Sexo27
  • Terapia Complementar15
  • Trabalho18
  • Variedades33
  • Viagens12

Procure pela data

julho 2022
D S T Q Q S S
 12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930
31  
« mar    

Posts recentes

  • Moda, Tendência, Estilo: Essências Numerológicas e Florais
  • Lua Nova em Áries: você prefere agir ou reagir?
  • Descubra como energizar seu dia
  • O que te impulsiona a agir? Entenda sua força de ação pela Astrologia
  • Quanto você acredita em seu sonho?

Encontre seu assunto

amor aposentadoria astrologia beleza bem-estar cabelo carreira casa casamento dinheiro exercicios feminismo feminista feng shui filhos fonoaudiologia gravidez harmonia hidratação investimento lua nova mulher numerologia orçamento orçamento doméstico orçamento familiar paixão pele planejamento prazer previdência profissão prosperidade relacionamento saúde sexo sexualidade signo sufragistas terapia trabalho variedades viagem violência xamanismo

Arquivos

  • março 2018
  • março 2017
  • fevereiro 2017
  • outubro 2016
  • setembro 2016
  • agosto 2016
  • julho 2016
  • junho 2016
  • maio 2016
  • abril 2016
  • março 2016
  • fevereiro 2016
  • janeiro 2016
  • dezembro 2015
  • novembro 2015
  • outubro 2015
  • setembro 2015
  • agosto 2015
  • julho 2015
  • junho 2015
  • maio 2015
  • dezembro 2008
  • novembro 2008
  • julho 2006
  • junho 2006
  • maio 2006
  • abril 2006
  • março 2006
  • fevereiro 2006
  • janeiro 2006
  • dezembro 2005
  • novembro 2005
  • outubro 2005
  • setembro 2005
  • agosto 2005
  • julho 2005
  • junho 2005
  • maio 2005
  • abril 2005
  • março 2005
  • fevereiro 2005
  • janeiro 2005
  • dezembro 2004
  • novembro 2004
  • outubro 2004
  • setembro 2004
  • agosto 2004
  • julho 2004
  • junho 2004
  • maio 2004
  • abril 2004
  • março 2004
  • fevereiro 2004
  • janeiro 2004
  • dezembro 2003
  • novembro 2003
  • outubro 2003
  • setembro 2003
  • agosto 2003
  • maio 2003
  • dezembro 2002
  • novembro 2002
  • agosto 2001
  • maio 2001
  • abril 2001
  • março 2001
  • fevereiro 2001
  • janeiro 2001
  • dezembro 2000
  • novembro 2000
  • outubro 2000
  • setembro 2000
  • agosto 2000
  • julho 2000
  • junho 2000
  • maio 2000
  • abril 2000
  • março 2000
  • fevereiro 2000
  • janeiro 2000
  • dezembro 1999
  • novembro 1999
  • outubro 1999
  • setembro 1999

Comentários

  • lar de idosas em Feng Shui – trazendo bons fluídos para sua casa – 2ª parte
  • Grupo de Reabilitação em Codependência ou dependência emocional: o que é?
  • Lilian Roel Murat em Receita para Gostar de Si Mesma
  • Karina Rodrigues em Conheça as 7 tendências para maquiagem de final de ano

RSS WMulher – RSS

  • Ocorreu um erro. A causa provável é o feed estar offline. Tente mais tarde.
Política de Privacidade             Nossa História             © Copyright 2015. WMulher.com.br