Por: Isabel Fomm Vasconcellos*
Muitas mulheres que hoje são famosas, começaram a ficar conhecidas por terem tido um caso com algum homem que ocupava um lugar importante nos noticiários.
Adriane Galisteu apareceu como a namorada do Sena e ganhou a simpatia do brasileiro, principalmente, ao ser rejeitada publicamente pela família do campeão. Depois, numa atitude que muita gente classificou de “golpe”, contratou um escritor para redigir, em forma de livro, a sua historia de amor com o astro da Fórmula Um.
Luciana Gimenez, filha da antes atriz famosa Vera Jimenez, só saiu do semi-anonimato quando teve um filho com o roqueiro Mick Jagger.
Na longa lista das “ronaldinhas”, sobraram as modelos Vivi e Suzana Weber e agora a ex-esposa dele, Milene Domingues, que tenta subir ainda mais a sua cotação na mídia seguindo o antigo exemplo da Galisteu : está tentando achar um editora que invista no livro onde ela conta detalhes de sua vida com o craque. Na cola do tal livro, apareceu uma outra moça, de apenas vinte e poucos anos, que anda frequentando os programas ditos femininos da TV, dizendo-se amante do jogador há 12 longos anos, portanto, desde que ela era pouco mais que uma garotinha.
Muita gente torce os nariz para essas senhoras fulano-de-tal que usam seus pares, ou melhor, seus ex-pares, para galgar os degraus da concorridíssima estrada da fama. Acusam-nas de aproveitadoras e até de coisas piores.
No entanto, será que elas amaram esses companheiros ou apenas os usaram para tirar uma casquinha da fama deles?
Isso só elas mesmas poderiam responder.
Mas uma coisa é certa: se elas não tivessem talento, há muito já teriam sido esquecidas.
Adriane é hoje, sem sombra de dúvida, uma das melhores apresentadoras da TV brasileira. Vivi, muito antes de ser ronaldinha já era modelo e fez carreira no exterior. Milene, há mais de 10 anos, apareceu na mídia como a rainha das embaixadas e, embora as más línguas tenham dito que ela só foi convocada para a seleção feminina por ser esposa de quem era então, ela sabe jogar bola.
E, para sair dos exemplos nacionais, que chance teria tido a Lady Di de mostrar ao mundo seu charme e sua dedicação às causas sociais se não tivesse, um dia, se tornado princesa?
Todas as oportunidades que a vida nos oferece devem ser agarradas, aproveitadas e usadas, sim.
E todas essas mulheres, cujos maridos, amantes ou namorados, ajudaram a subir mais rapidamente os tais degraus da fama, só subiram de fato porque elas próprias tinham talento e competência para isso. É uma grande injustiça chamá-las de aproveitadoras ou de desonestas.
Mas, enfim, todos os famosos sabem que um dos preços a pagar por essa condição é a inveja e a dor de cotovelo dos que não se conformam com o sucesso alheio.
Vida longa a esses talentos femininos, mesmo que eles tenham sido revelados através de seus casos de amor com homens famosos.
E, a propósito, alguém se lembra de alguma senhora Pelé?
Um abraço
Isabel
*Isabel Fomm Vasconcellos é produtora e apresentadora do Saúde Feminina (de segunda a sexta, meio dia, Rede Mulher de TV) e autora, sendo “Sexo Sem Vergonha” seu último livro, publicado pela Soler Editora.
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