Por: Francis Hesse*
A educação dos filhos como a própria educação continuada e a do cônjuge, em conjunto com, alimentação, saúde e habitação, devem ser itens prioritários em todas as planilhas de despesa.
Em geral as pessoas sabem e reconhecem estes itens como prioritários, tanto é que quando precisam diminuir custos, o item educação é um dos últimos a ser cortado.
O ideal é que a despesa com educação não ultrapasse o limite de 15 a 20% do valor total do orçamento doméstico. Como atualmente são pouquíssimas escolas públicas que oferecem uma educação adequada, a educação tornou-se um artigo de luxo e exclusivo, que nem todos podem proporcionar a seus filhos e chega a comprometer até 30% dos gastos totais de uma família.
Não podemos esquecer que dentro da rubrica “educação”, estão incluídas não só as mensalidades escolares, mas também as despesas com livros, uniformes, reforço escolar, cursos extra curriculares, como idiomas, esportes e etc.
Para tentar manter esta rubrica entre 15 a 20% do orçamento doméstico total, são necessárias algumas atitudes, tais como: antecipar as compras de material escolar para evitar os preços mais altos do inicio do ano escolar, analisar solicitações abusivas de algumas escolas relativas ao material, comparar os preços de diversos fabricantes, marcas e estabelecimentos, enfim, é necessário pesquisar muito.
Uma iniciativa bastante interessante são as feiras de trocas, compra e vende de livros usados, que algumas escolas realizam todo final de ano. Nessas feiras podem ser adquiridos livros e outros materiais escolares em bom estado, o que pode representar uma economia significativa.
Um assunto pouco abordado, mas que pode comprometer o orçamento doméstico, é a escolha da escola adequada ao padrão de vida da família.
Algumas vezes, no ímpeto de querer proporcionar a melhor educação possível para os filhos, as famílias acabam optando por escolas onde os colegas tem um padrão de vida muito superior ao seu próprio padrão. Infelizmente, a comparação do estilo de vida dentro do ambiente escolar é quase inevitável. Compara-se marcas e modelos do carro dos pais, bairro e tipo de residências da família dos colegas, padrão de vida, gastos, roupas de moda, programas de fim de semana, viagens de fim de ano e tantas outras coisas, que podem atrapalhar muito o rendimento escolar e comprometer ou até mesmo anular o benefício dos filhos estudarem em uma escola mais cara.
Nessa situação específica, os filhos têm que ser muito bem preparados, para apreenderem a lidar e conviver bem com essas diferenças. Vale a pena refletir bem sobre a escola em que colocaremos nossos filhos para estudar.
*Francis Hesse é economista, palestrante e consultor, especialista em planejamento financeiro pessoal, psicologia econômica, com mais de 25 anos de experiência na área.
Nossos sonhos só se tornarão realidade se estabelecermos para eles, metas e planos específicos com datas, para realizar.