Se você gosta de vinhos, mas conhece pouco e tem dúvidas sobre o que e quando tomar, experimente os verdes. Leves e frescos, eles são deliciosos e combinam com diversos pratos.
Por: Cecília Queiroz*
As adegas e prateleiras de supermercados apresentam diversas opções e nunca é fácil escolher. Principalmente se você não conhece bem os prazeres proporcionados pelas uvas e suas castas (famílias).
Existem uvas e vinhos para todos os gostos e bolsos, produzidas em diversos tipos de solos, plantio de vinhas, castas e cortes (“blend”), que se apresentam em garrafas como branco, tinto, rosé, espumante e Porto.
O enófilo (amigo do vinho) Renato Frascino indica que cada um desses vinhos tem a sua tipicidade na origem de quatro elementos: sol, clima, uva e tecnologia de produção.
Se olharmos um pouco para o mapa da Europa, podemos verificar algumas regiões de produção como a França, famosa por três áreas. A da vila de Chablis, que apresenta um vinho que possui o mesmo nome, feito da uva branca Chardonnay, a de Champagne, que tem fama por seus espumantes produzidos com as uvas Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier e a do Vale do Loire, que utiliza a uva Sauvignon blanc.
Na Alemanha a predominância é da uva Riesling e em Portugal, mais a noroeste do país é possível identificar a região dos famosos Vinhos Verdes.
Conhecendo os Verdes
Para entender sobre vinho verde que tem produção exclusiva na região do Minho e cidades vizinhas, desfrutando de todas as possibilidades de sabores oferecidas, é preciso conhecer suas castas. Elas se dividem em brancas: alvarinho, loureiro, avesso, trajadura, arinto, azal e tintas: espadeiro, padeiro e vinhão.
Frascino diz que “o solo e o clima compõem o equilíbrio da acidez. São leves em calorias e álcool, gerando a estrutura, elegância e frescor desses vinhos”.
Os amantes do vinho seguem um ritual para beber. Depois de colocá-lo na taça, sentem o aroma e começam a girar o vinho para que ele “abra” o bouquet. Quanto mais encorpado, mais demora para o bouquet abrir. Se você experimentar, vai notar a diferença do vinho com e sem “giro”.
A pergunta de todo dia: combina com salmão? Sim. Com macarrão? Sim. Com carne de porco? Sim. Com saladas? Sim. Com moqueca? Sim. Com feijoada? Também. Não importa o prato que vai ser servido. Os verdes se harmonizam com pratos brasileiros, japoneses, chineses e da cozinha internacional, sem falar nos doces e aperitivos, incluindo os que são servidos à beira da piscina ou em dias de churrasco. Por serem ótimos acompanhantes, é possível escolher se o vinho será monocasta (só um tipo de uva) ou multicasta (feito de vários tipos).
Com preços bastante competitivos, os vinhos verdes tem acidez na medida certa, um delicioso frescor e podem ou não estar gaseificados. Se tiver dúvida, procure no rótulo se o vinho foi feito com uma dessas uvas: Alvarinho ou Loureiro ou procure por uma dessas marcas: Anselmo Mendes, Ponte de Lima, Provam, Quinta Aveleda, Quinta Covela, Quinta dos Curvos, Quinta do Gomariz, Quinta da Lixa, Soalheiro, Vinhos Norte ou ViniVerde. Não tem erro. Você estará em boas mãos.
E se bater curiosidade para conhecer essa encantadora região com suas montanhas, rios, planícies, praias, paisagens exuberantes e quintas onde há séculos crescem alvarinhos, loureiros e tantas outras castas, você poderá acompanhar de perto a maturação ou a vindima (colheita) das uvas, experimentando pratos deliciosos harmonizados com os deliciosos e famosos vinhos verdes.
*Cecília Queiroz é jornalista