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19 de janeiro de 2006

Esperança de Paz, Substantivos Femininos

admin Elizabeth Stanton, escravizar, igualdade dos sexos, Margaret Sanger, Mary Woolstonecraft, mulheres lutadoras, sufragistas, Susan B. Anthony Comments are off

Por: Isabel Fomm Vasconcellos*

O mundo muda tão devagar que uma vida é pouco para contemplar os ideais sociais daqueles que tiveram, na juventude, ideais sociais.

A maioria das grandes mulheres lutadoras, — que lutaram pela igualdade dos sexos, pelo voto, pelo direito ao prazer sexual, pelo direito à propriedade e tantos outros direitos que temos hoje (mas por milênios não tivemos)—a maioria delas morreu sem ver o resultado de suas lutas.

Mary Woolstonecraft, considerada a primeira feminista da história, morreu em 1797, antes mesmo de as mulheres começarem o grande movimento sufragista, que, de fato, foi o berço de todas as conquistas sociais que deram a nós, mulheres ocidentais, os direitos que temos hoje.

Elizabeth Stanton e Susan B. Anthony, as mães do sufragismo americano, morreram, respectivamente, em 1902 e 1906, mais de uma década antes das mulheres americanas conquistarem o direito de votar.

Margaret Sanger, a enfermeira e intelectual, que foi perseguida, presa e exilada por ousar divulgar a necessidade das mulheres fazerem contracepção, morreu seis anos depois da invenção da pílula anticoncepcional, mas muitos anos antes de ver a contracepção instalada e aceita com a naturalidade que a aceitamos hoje.

E para sair apenas do âmbito do universo feminino, é aterrorizante lembrar que a maioria dos grandes pacifistas do mundo morreram assassinados: Ghandi, Luther King, John Lennon… e Jesus Cristo.

A absoluta maioria das pessoas, no mundo, vive em guerra. Não importa se é a guerra literalmente ou as muitas guerras cotidianas. Guerreia-se pela sobrevivência. Guerreia-se pela religião. Guerreia-se até pelo amor.

Na sociedade consumista e materialista que vivemos, no ocidente, neste momento histórico, a maioria é escrava. Estamos escravizados pelas dívidas, pelo desemprego, pela miséria, pelo crime, pela falta de assistência à saúde, pela ignorância. E mesmo a minoria privilegiada, que tem acesso aos bens materiais, à saúde e à educação, se deixa escravizar pela necessidade do status social, pela competição, pela ditadura do corpo e até pelo sexo (que deveria apenas ser fonte de saúde e alegria).

Na guerra cotidiana, vamos nos afastando dos ideais políticos e sociais.Vamos nos afastando de tudo aquilo que o ser humano tem de bom, de tudo aquilo que podemos gerar de belo, de bom, de prazeiroso para nossas almas e nossos corpos. As pequenas guerras do cotidiano nos fazem esquecer da solidariedade. Nos envenenam com a inveja, com a fofoca, com os pequenos ódios e rancores.

Neste quadro não é de se admirar que a depressão já esteja sendo chamada de doença do século XXI.

Raras são as pessoas que, hoje em dia, encontram o verdadeiro prazer na arte, na música, no contato com a natureza. Transformamos tudo isso em apenas mais produtos de consumo. E, assim, vamos nos esquecendo de que cada indivíduo tem um papel na grande teia da vida. Vamos nos esquecendo que ninguém veio ao mundo a passeio. Vamos nos esquecendo da imensa alegria que é dar uma contribuição efetiva a grande obra que nossos antepassados foram construindo na terra e que gerou o avanço científico e tecnológico, gerou a beleza das grandes obras de arte e da música, gerou as conquistas sociais que, a despeito da injustiça que ainda corre solta pelo planeta, aí estão.

Talvez seja realmente esta a hora de entregar o poder político às mulheres. O mundo está precisando da cabeça e da alma das mulheres, esses seres que trazem em si o potencial da maternidade e todos os sentimentos e emoções gerados por isso. Um pouco mais de meiguice, um pouco mais de conciliação, um pouco mais de diálogo, muito menos guerra, mais romantismo, mais sentimentalismo, sim, por que não?

O mundo dominado por homens traz a marca da agressão e da intolerância.

Na Alemanha, no Chile, na América e até no Brasil, as mulheres estão chegando ao poder. E, desde que a escalada ao poder não as transforme em machos de tailleur, talvez isto signifique uma esperança de paz.

Só espero não morrer antes de poder ver esta transformação.

 

* Isabel Fomm Vasconcellos é apresentadora e produtora do Saúde Feminina (segunda a sexta, meio dia, na Rede Mulher de TV) e autora de vários livros.

www.isabelvasconcellos.com.br

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Flavia Hesse é inspiradora digital, terapeuta floral, publisher e advogada

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