Por: Eliane Alabe Deblauw*
Para alguns uma tarefa difícil, mas fundamental.
Se é tão importante e necessário educar nossas crianças e adolescentes quanto à sexualidade, porque essa questão ainda levanta constrangimento e preocupação por parte de pais e educadores? Porque os pais transferem a responsabilidade para os professores, ou para os orientadores ou para os psicólogos?
O tabu continua presente e a ansiedade que o tema gera dentro das famílias é muito presente, principalmente, entre as mulheres, mães que muitas vezes são as responsáveis pela educação da criança, inclusive, a educação sexual. Então cabe a ela esclarecer as dúvidas sobre a sexualidade tanto dos meninos quanto das meninas.
Alguns pais ignoraram o assunto e o comportamento de seus filhos em relação ao sexo, como se eles fossem seres assexuados. Ignoram por não saberem como abordar o assunto, por não se sentirem à vontade para conversar um tema constrangedor e cheio de preconceitos ou por eximirem-se de suas responsabilidades.
Preocupações como: Meus filhos me entenderão? Estarei estimulando ou despertando uma iniciação sexual precoce? Qual a melhor hora para conversar sobre sexo?
A melhor hora é aquela em que a criança solicita a ajuda de seus pais; em que ela precisa obter respostas às suas dúvidas e curiosidades. E a melhor forma de falar será aquela que fluir direto do coração, de forma natural, sem preconceitos, sem censuras, sem desvalorizar a criança e respeitando a sua curiosidade.
As crianças e os adolescentes que percebem a omissão dos pais nesses temas, sabem que não vão contar com eles para atender suas expectativas, suas duvidas e seus descontentamentos em relação ao corpo e ao sexo. Na falta de apoio dos pais, os filhos procuram amparo fora de casa: no Google, nos perigosos ‘Chats’ online em conversas com estranhos, com os amigos e, lógico, em muitos lugares em que terão as respostas às suas curiosidades, porém de forma equivocada.
Os pais que não abrem um canal de comunicação com seus filhos para falar de sexualidade de forma saudável, abrem um canal de comunicação muito maior e perigoso, o da internet. Dão a seus filhos os mais sofisticados computadores, Ipads, Iphone, enfim, os Icommunications, e um mundo de informação errônea se abrem para eles dentro de casa. Os pais se tornam alienados neste mundo virtual que essa nova geração domina tão bem.
Cuidados com os ‘Chats’ predadores da Internet que fazem as suas crianças e adolescentes uma vitima: Text Bomb, Clam Txt, Omegle – conversa com estranhos, Whisper, Chatroulette, Sex app Shop, e Premier App Shop; Sexting – Pornografia infantil, Poof!, Kik, e Ask. fm. São aplicações que os adolescentes amam e a maioria dos pais não sabem o que eles estão fazendo na internet.
Para que a criança se torne um adolescente e um adulto capaz de conviver de forma saudável com as questões ligadas ao sexo e a seu corpo, tanto pais quanto professores devem ajudá-la a entender o que se passa em seu corpo em estagio da vida. A naturalidade na forma de conversar, de esclarecer as curiosidades e de falar de prazer é fundamental para que ela compreenda naturalmente o processo de seu crescimento.
*Eliane Alabe Deblauw, atualmente vive na Califórnia e trabalha em Coalition for Family Harmony – uma organização sem fins lucrativos que atende vitimas de violência doméstica e abuso sexual, e familiar em divórcio; Ela é Psicóloga Clinica com Master in Clinical Psychology – Marital Family Therapy at California Lutheran University – Califórnia, USA; Especialização em Mediação de Família em Divórcio; Life Ontological Coaching from Newfield Network, Denver- Colorado; Terapeuta de EMDR para vítimas de trauma e Estresse Pós-traumático; Psicodramatista, e Sexóloga;
website: www.venturalifeimprovementcenter.com
e-mail – [email protected]
Foto: celiece aurea l Freeimages.com