Por: Cássio dos Reis*
Não existe prazer mais intenso e completo do que o proporcionado pelo orgasmo.
Ocorre que, nem sempre, as pessoas envolvidas avaliam, que sua intensidade e prazer podem ser potencializados pelo toque que antecedem a grande explosão orgástica.
O excitamento vai se dando com estímulos táteis, além da pele e do coração, que depois do cérebro são os principais órgãos do excitamento.
Quanto o envolvimento está temperado com amor e afeição, é o coração quem determina a intensidade do prazer.
Aprender a valorizar o toque das carícias, possibilitando ao casal perceber o exato momento em que os corpos se unam…a consciência do desejo.
Ao homem cabe identificar o momento em que a parceira está pronta para recebê-lo, a vagina transmuta do rosado claro para o avermelhado da paixão, dela brotam as gotículas de excitamento para o deslizar silencioso e macio do pênis, o clitóris se avoluma e os grandes lábios como num abraço se intumescem.
O orgasmo pode chegar rapidamente se o homem estiver num grau de excitamento muito avançado e não conseguir controlar sua ansiedade, o mesmo pode acontecer com a mulher que devidamente estimulada pode chegar ao clímax muito rapidamente.
O mais comum, entretanto, é a mulher necessitar de mais tempo para que o estímulo seja de tamanha intensidade que a leve a se contorcer num prazer intenso e prolongado. Cabe, principalmente, ao homem dimensionar o controle de seu excitamento para que os dois alcancem o tão desejado orgasmo simultâneo .
O orgasmo não acontece por acaso, compõe-se de várias fases, na medida que o excitamento vai progredindo.
As fases são chamadas de excitamento, plateau, clímax e relaxamento.
O excitamento terá o tempo suficiente para que os dois se estimulem, pode ser muito rápido, porém, é mais agradável, quando este tempo se prolonga mais e mais. Embora, os homens tenham muita dificuldade de lidar com esta espera, são imediatistas demais, se excitam demais, rápidos demais e mal sabem eles o quanto as mulheres precisam deste tempo, é o tempo da entrega.
A vagina umedecia, se abre por completo, os lábios tanto grandes como pequenos se intumescem, o útero se eleva com o fluxo de sangue e o clitóris se enrijece numa pequena ereção.
O plateau se dá imediatamente antes do orgasmo, o corpo da mulher fica mais quente e rosado, seios e mamilos ficam maiores e rígidos e não é raro alguns espasmos involuntários.
O clímax se dá na medida que a vagina se movimenta, aumentando e diminuindo sua pressão, o útero se altera, o clitóris inchado deixa que os grandes lábios o abracem.
O movimento se perde na lógica, num ritmado desejo em que o corpo inteiro se contrai, de tal forma que todo o corpo participe, respiração e pressão arterial se alteram um espasmo que transforma o corpo numa grande explosão de prazer.
Isto é o orgasmo.
O relaxamento acontece de forma diferente entre homem e mulher, os homens se sentem tão exauridos que o corpo num desvalido, se entrega a um sono profundo e tranqüilo.
A mulher pode também dar seu cochilo, mas em geral querem aproveitar o momento mágico que viveram, e num abraço de agradecimento, preferem contemplar a pessoa que lhe proporcionou todo aquele prazer, como comemorando o sucesso do sucedido…precisava acabar?
Além de que, muitas mulheres tem o privilégio dos orgasmos múltiplos, menos intensos do que o “orgasmão”, se repetem e, por isso, nem sempre se sentem satisfeitas ao ponto de abdicar de sentir de novo o grande momento que acabaram de viver.
Depois do orgasmo… o relaxamento, a volta a normalidade se dá, com o adicional da realização do desejo, corpo e alma comungam uma especial felicidade.
*Cássio dos Reis é psicólogo e psicoterapeuta – CRP 4476-6 com consultório em São Paulo