Por: Francis Hesse*
Na sociedade atual em que vivemos, com a rapidez das comunicações e o excesso de informação, o imediatismo tornou-se predominante e a ansiedade uma constante. Um pouco dos dois é bom, mas acontece que estamos tendo excesso de ambos.
A consequência disto é que cada vez mais as pessoas procuram e desejam resultados imediatos para suas ações. Pensam no aqui e agora. Ninguém mais quer tomar uma atitude hoje que não traga resultado imediato e apenas no futuro. É mais difícil ainda se esse futuro estiver distante ou muito distante.
Isto não está totalmente errado, uma vez que neste mundo interligado, as mudanças ocorrem muito rápido e na maioria dos casos sem a nossa participação direta.
Eu mesmo criei uma frase que representa bem esses momentos: “As mudanças e as incertezas, não são só uma necessidade da vida, são a vida em si.”
Hoje, porém, por mais que se viva o imediatismo e a ansiedade, em que ocorrem grandes mudanças constantemente e onde há muita incerteza, não podemos e não devemos delegar o nosso futuro para que outros tomem conta dele.
Como diz o conhecido ditado, “Prevenir (quando possível) ainda é o melhor remédio”; então, você já começou sua previdência?
Se começarmos a planejar nosso futuro agora (nunca é tarde), podemos minimizar as incertezas, mas se não fizermos nada, com certeza seremos atingidas por elas.
Não vou tratar agora, nem nos próximos dois artigos, da previdência oficial (INSS) e sim dos recursos que poupamos para construir a nossa previdência privada.
Sempre cito em minhas palestras que tem duas coisas que todo mundo deveria fazer assim que recebe o primeiro ganho (renda, trabalho, etc.) que são:
- fazer um Planejamento Financeiro Pessoal e
- começar de alguma forma a criar uma reserva para (previdência) o futuro (que neste caso especifico é para o período em vamos estar aposentados).
Antigamente, quando alguém se aposentava, normalmente aos 65 anos de idade, parava imediatamente de trabalhar e passava a ficar em casa, na maioria das vezes sem fazer nada.
Essa pessoa, que de repente se via sem compromissos diários, em muitos casos ficava depressiva, nervosa, estressada e discutindo com a esposa que estava habituada a realizar os trabalhos de casa.
Estatisticamente a média de vida do brasileiro que era de 41 anos em 1940, passou para 67 nos anos 1990 e 75 anos em 2013, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Isto que dizer, que a pessoa se aposentava aos 65 anos e vivia em média mais dois anos ou seja, até 67 anos.
Atualmente, as pessoas querem ou pretendem se aposentar com os mesmos 65 anos, mas têm uma expectativa de vida média de 75 anos ou seja, 8 anos a mais.
Isto segundo o IBGE, mas dependendo da região do país e classe social, as pessoas estão passando dos 100 anos de idade. Eu mesmo já tive um cliente com mais de 100 anos.
A conta não fecha! O dinheiro poupado não vai dar!
Até a próxima semana.
*Francis Hesse é economista, palestrante e consultor, especialista em planejamento financeiro pessoal, psicologia econômica, com mais de 25 anos de experiência na área.
Nossos sonhos só se tornarão realidade se estabelecermos para eles, metas e planos específicos com datas.
imagem: magicinfoto l Depositophotos