Por: Cássio dos Reis*
O Cigarro é uma droga especialmente burra, pois tem cara de coisa boa, saudável, elegante e prazerosa, mas traz dentro de si uma bomba de efeito retardado.
Quem fuma está se matando de uma forma lenta, gradual e insensata, principalmente a mulher.
Não podemos ser coniventes com o(a) fumante, aceitando passivamente suas baforadas, e de uma maneira geral, fechando os olhos ao mal que o mesmo pode estar nos fazendo.
Nosso corpo é nosso maior bem; portanto, quem fuma está se violando e minando suas próprias forças.
Que peninha! Seria esta uma atitude inteligente? O Sucesso? Difícil tragar esta!
A conscientização de que o cigarro é a droga que é só acontecerá na medida que a pessoa conseguir valorizar-se o suficiente para não admitir, dentro dela, coisas ruins.
Cigarro é uma coisa ruim! Muito má, perversa e traidora.
Saber que faz mal, que cigarro não é uma coisa boa, todos sabem ou já ouviram falar.
Mas, por conta de que é prazeroso, do “eu gosto”, “me dá prazer”, atrás destas premissas, o(a) fumante se esconde para defender sua necessidade e seu prazer.
Um prazer, por sinal, insignificante demais.
O cigarro é uma necessidade burra de se satisfazer frente a um conflito ansioso que absorve parte da imediata satisfação de uma angústia existencial desnecessária.
Portanto, é burrice se macular com algo que só traz dissabores para si, bem como para quem convive com o(a) fumante, frente à constatação de que a pessoa está se matando aos poucos.
O fato de pessoas fumarem até o final da vida, 70, 80 anos não é justificativa que avalize o conceito de que cigarro não mata. Milhares de pessoas morrem todos os dias por conta do vício de ter fumado; muito ou pouco não importa. É uma pena; é abreviar deliberadamente a própria vida.
As pessoas inteligentes, cultas e saudáveis que se vêem derrotadas pelo vício de fumar, são de fato inteligentes?
A verdade é que a necessidade do cigarro cria dependência orgânica.
A nicotina passa a fazer parte da necessidade da pessoa e aí sim, ela fica dependente, e isso é que a leva a ficar propensa a doenças que muito freqüentemente a levam à morte.
A inteligência não é suficiente para fazer com que as pessoas entendam isso e deixem de fumar.
O vício, em geral, é mais forte que a vontade, e para vencer esta necessidade, este vício, é imprescindível mais do que uma vontade de ferro e a determinação do que é melhor para si.
Só se eu me convencer de que o cigarro pode provocar uma doença grave ou um câncer em mim, que é sobre mim que as campanhas falam, que é o meu pulmão, que é o meu cérebro, que é o meu sangue, o meu feto, o meu corpo, é que poderei abandonar o vício de tamanha insensatez.
Você que está refletindo sobre isso, e que é fumante, repense seu viver, aproveite e valorize sua vida; ela é muito importante para as pessoas que o amam e que o(a) querem tão bem.
Não facilite para que elas ( entes queridos ) se privem de você mais cedo do que o necessário.
Não seja mais um responsável pela degradação do planeta e pela piora da qualidade de vida na Terra, pois quando você devolve a fumaça ao meio ambiente, ela está contaminada com muitas drogas que seu organismo nem tem tempo de absorver, além de contaminar pessoas que estão ao seu lado; em geral, as pessoas mais queridas que você tem. Como a mulher grávida que fuma e que trafica para seu filho toda a droga que traz o cigarro, é bom pensar nisso seriamente.
De nada servirá todo o conhecimento, toda a riqueza, toda a fortuna disponíveis se você não tiver um corpo saudável. Zele por ele; é o maior tesouro que pode ter nesta vida. Sem contar o grave exemplo que os pais dão aos seus queridos filhos.
Em tempo: um único cigarro traz mais de 4.700 componentes químicos maléficos e cancerígenos. O consumo de um único maço de cigarros por dia, durante 6 anos, diminui em oito anos a expectativa de vida de quem fuma.
*Cássio dos Reis é psicólogo e psicoterapeuta – CRP 4476-6 com consultório em São Paulo