Por: Sonia Corazza*
Falar sobre maquilagem é rever a busca pelo enaltecimento das formas desde tempos muitíssimo remotos. Homens e mulheres viveram momentos históricos bem conhecidos em que os coloridos traços artificialmente feitos no rosto ficaram gravados em desenhos e obras artísticas para sempre. Sem dúvida alguma pintar o corpo sempre se traduziu como ferramenta poderosa na arte da sedução e do adorno.
As fórmulas cosméticas evoluíram muito nos últimos 10 anos, tornando os produtos para maquilagem verdadeiros arsenais coadjuvantes para tratar e proteger a pele e seus anexos. Foi-se o tempo em que pintar o rosto era sinônimo de correr risco de envelhecer precocemente ou sensibilizar os tecidos cutâneos.
Até a década de 70 as cores de maquilagem acompanhavam as coleções de alta-costura francesa, italiana e inglesa. Cada vez que um grande costureiro lançava uma nova coleção de cores e formas para as roupas, lá vinha um tom de sombra específico para os olhos, uma nova cor de boca. Com o passar do tempo as cores foram se repetindo e as consumidoras passaram e sentir um “mesmismo” nos rosinhas, vermelhos e corais. Tudo parecia se repetir eternamente. Foi aí que a indústria fabricante de produtos para maquilagem teve seu primeiro grande tombo nas vendas. E agora? O que fazer para motivar as compras?
Por esta razão, na década de 80, novos e glamourosos materiais de embalagem foram desenvolvidos: Frascos e estojos com formas inovadoras, cores metalizadas para as tampas, pincéis muito mais macios. Instaurou-se a era dos grandes apelos visuais. Dior, Chanel, Yves Saint Laurent e todos os grandes fabricantes ousavam e enchiam os olhos das mulheres de todo o mundo com suas criações cada vez mais ousadas. A italiana Puppa chegou ao delírio de montar estojos completos nas formas mais inesperadas, como borboletas onde o corpo era representado pelo rímel e as asas eram misturas de sombras e blushes. As vendas voltaram a crescer , mais logo reiniciaram uma queda assustadora.
Novo susto geral! E desta vez , o que fazer para atrair mulheres, sempre tão exigentes?
Ah! Desta vez os fabricantes agiram com inteligência! No final da década de 80 entram em lançamento as fórmulas evoluídas para cosméticos pigmentados. O conceito “Maquilagem – Tratamento” Entram em cena fórmulas baseadas em tecnologia de vanguarda, cujo uso garante propriedades bem interessantes para nossa beleza, como proteção solar, umectação e absorção dos componentes secretados pelas glândulas dérmicas.
E é nos anos 90 que a era do benefício visível ganha importância vital. Hoje podemos nos beneficiar do produto que colori e trata a pele, como nunca antes na história da humanidade. Mãos-à-obra, garotas! Prestem atenção nas dicas de beleza e colham os frutos de poder viver na melhor fase do desenvolvimento dos produtos pigmentados!
*Sonia Corazza é Engenheira Química com especialização em Ciência Cosmética e Presidente da Sociedade Brasileira de Cosmetologia
Visite o site http://www.soniacorazza.com.br para maiores informações.